Baudelaire fuma na estação um poema-absinto.
Intitula seus poemas e os nomeia como s(eu)s.
Saussurre sussurra linguagens enroladas num charuto.
Na minha imaginação só lhes permito isto.
Leio agora quem não gosta da poesia do eu.
No tempo da oral palavra
O eu a memorizava.
João Cabral queria ser engenheiro
Mas Severino não pôde pagar a mensalidade.
Sempre haverá o eu, o eu, o eu,
Será sempre o eu a intitular o poema do não-eu.
A poesia nunca acordará sozinha.
É preciso uma voz que a lance a outros.
O eu a repartir o espanto sempre dará seu canto
À revelia.
A rosa é uma rosa é uma rosa.
Um eu plantou essa imagem sonorosa.
Ilusão.
Tenho de sair para quebrar o entorno do eu entupido.
O eu ao assinar um poema do não-eu:
(EU)pitáfio.
Intitula seus poemas e os nomeia como s(eu)s.
Saussurre sussurra linguagens enroladas num charuto.
Na minha imaginação só lhes permito isto.
Leio agora quem não gosta da poesia do eu.
No tempo da oral palavra
O eu a memorizava.
João Cabral queria ser engenheiro
Mas Severino não pôde pagar a mensalidade.
Sempre haverá o eu, o eu, o eu,
Será sempre o eu a intitular o poema do não-eu.
A poesia nunca acordará sozinha.
É preciso uma voz que a lance a outros.
O eu a repartir o espanto sempre dará seu canto
À revelia.
A rosa é uma rosa é uma rosa.
Um eu plantou essa imagem sonorosa.
Ilusão.
Tenho de sair para quebrar o entorno do eu entupido.
O eu ao assinar um poema do não-eu:
(EU)pitáfio.
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