Pular para o conteúdo principal

PURA PAIXÃO DO CAMBUCI

É parente da goiaba,

Pitanga, jabuticaba,

Verde ou verde-amarelada,

Carnosa, arredondada,

Mole, doce e perfumada,

Deixa a língua acidulada,

Da família das mirtáceas,

Lembra disco-voador

Na noite que a lua enlaça.




Em Biritiba-Mirim,

Mogi das Cruzes, aqui

Em Cubatão, logo ali

Em Paranapiacaba,

Também em Paraibuna,

Salesópolis, no Parque

Que é palco de neblinas,

Na nossa Atlântica Mata,

Goza de fama e é fruto

De importância regional.




Riqueza da culinária,

Baga chata e alisada,

Com folhas de bordas lisas,

Tendo rica floração

Chegando agosto e novembro,

E em janeiro e fevereiro

Dá-se boa ocasião

Para colheita supimpa

Dessa iguaria selvagem

Nomeada por cambuci.




Como é gostosa a cachaça

Curtida, o iogurte,

Os quitutes, Yakissoba,

Suco, torta e vitamina,

Bolo, bombom e farofa,

Estrogonofe, sushi,

Carnes, coquetéis e mousse,

Sorvetes, geléias, massas,

Molho para capeletti,

Tudo a cambuci regado.




É vário o uso do fruto

Que dá o cambucizeiro,

Que entre as muitas virtudes

Para o bem dos brasileiros

Manda pra longe a velhice

Reacendendo o braseiro,

Dando alento ao que está morto,

Dando alma e corpo novo

Ao povo, revigorando

Seus amoráveis valores.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

QUE ENOBREÇA OS OLHOS

Seus olhos são nuvens com versos, caravelas e peixes. E eu sou uma ressaca marítima. Há sede debaixo de meus olhos. Há demasiada ansiedade em minhas naus de ondas. Não há vestes a proteger do frio. Não tenho muitas saídas, você sabe. Tenho de ser peixe. Estou uma confusão só. Sou um coral de crises. Sou um rodapé por uma estranha corrente. Talvez se me entendesse, poderia ser Netuno. O forno pifou quando eu planejava a queima sagrada. E a casa envelheceu na árvore da chuva que cai pesada. Há chuva que melhor que esta enobreça os olhos?

CORAGEM

Sou escândalo poético porque não me mando mais só o papel é mãe e pai e o que quer que pinte que o papel me peça é quanto me vai Não brigo com os dedos eles brigam comigo só minha coragem corre perigo quando me escrevo e a grito

ANTIGO NA CHUVA

A chuva no sonho máximo de alisar coisas secas pouca vergonha usa no se exibir molhada, cai vertical, nua das nuvens principais, fragmenta o agregado princípio, enquanto percorro o bigode  como um ser antigo, o sonho de folhas ao vento com a guerra ao norte  ... E começo a estender a arma eficaz - a toalha do pensar com estratégia densa, onde golpes anencéfalos esquecidos há anos aparecem do nada  e se servem dando ordem unida  na frágil luz do teatro