- Por que o poeta sofre tanto,
Por que seu sangue escorre, grosso,
E sua pele esconde o osso
De sua alma escura e branca,
E esta lágrima faz lago,
E este sol parece chuva,
E este som parece nada,
E esta fome e sede e escada,
Onde ao subir, subo, caindo,
E este passo, voando sobre
A Musa Insone, antigo mito
Do poeta aborígene.
(Ouvindo, o Poema se abriu,
Estilhaçando-lhe as origens,
De dentro de um corpo vil.)
Por que seu sangue escorre, grosso,
E sua pele esconde o osso
De sua alma escura e branca,
E esta lágrima faz lago,
E este sol parece chuva,
E este som parece nada,
E esta fome e sede e escada,
Onde ao subir, subo, caindo,
E este passo, voando sobre
A Musa Insone, antigo mito
Do poeta aborígene.
(Ouvindo, o Poema se abriu,
Estilhaçando-lhe as origens,
De dentro de um corpo vil.)
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