Lá vem meu anjo - zumbi.
Direita e esquerda arrastando.
Só eu tenho um anjo assim?
Quando preciso, ainda vem.
Sempre chegando após mim.
Aos pedaços. Sangue em jorros.
Um membro cai aqui, ali.
Uma vez perdeu nariz.
Fui lá buscar o petiz.
Outra, orelha e mindinho.
Ainda outra, seu fígado.
Achei na vala a costela.
Pra distorcer-me a poesia,
Meu anjo não tem mais bossa.
Quando se tornou zumbi?
...Não lembro. Mais gordo o vi?
Mas está melhor que era.
Está bem melhor, te afirmo.
Foi-se a fingida elegância.
Fede mais que brava fera.
Foi-se a nobreza excessiva.
Não quer mais pente nem base.
Nem usa mais cinto de ouro.
Virou zumbi. Quando? E eu sei?
Sabe, nem quero saber.
Vem pra cá. Sente o fedor?
Derrubadas suas costas.
Tenho de ajeitá-las. Bosta.
Sentiu-te o sangue na mão.
Eis que acelera.
Já era.
Capricha na oração.
Direita e esquerda arrastando.
Só eu tenho um anjo assim?
Quando preciso, ainda vem.
Sempre chegando após mim.
Aos pedaços. Sangue em jorros.
Um membro cai aqui, ali.
Uma vez perdeu nariz.
Fui lá buscar o petiz.
Outra, orelha e mindinho.
Ainda outra, seu fígado.
Achei na vala a costela.
Pra distorcer-me a poesia,
Meu anjo não tem mais bossa.
Quando se tornou zumbi?
...Não lembro. Mais gordo o vi?
Mas está melhor que era.
Está bem melhor, te afirmo.
Foi-se a fingida elegância.
Fede mais que brava fera.
Foi-se a nobreza excessiva.
Não quer mais pente nem base.
Nem usa mais cinto de ouro.
Virou zumbi. Quando? E eu sei?
Sabe, nem quero saber.
Vem pra cá. Sente o fedor?
Derrubadas suas costas.
Tenho de ajeitá-las. Bosta.
Sentiu-te o sangue na mão.
Eis que acelera.
Já era.
Capricha na oração.
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