Sacudo minha juba
Como leo antigo
Estico o pescoço
De meu ser selvagem.
Blasfemo da chuva
Que dá fuga à caça.
Pouco me adianto
Com a vida às traças.
Só as minhas moscas
Me adoram, me entendem.
Não há virgens selvas.
Todas em ruínas.
Vão-se as memórias
De outros campos férteis.
As patas me doem
Como as lembranças
Dos risos de Leocádia.
Os dentes tremem nas gengivas.
Meu rugido espanta menos
Que minha amarga alma
Claudicante a cada verso.
Como leo antigo
Estico o pescoço
De meu ser selvagem.
Blasfemo da chuva
Que dá fuga à caça.
Pouco me adianto
Com a vida às traças.
Só as minhas moscas
Me adoram, me entendem.
Não há virgens selvas.
Todas em ruínas.
Vão-se as memórias
De outros campos férteis.
As patas me doem
Como as lembranças
Dos risos de Leocádia.
Os dentes tremem nas gengivas.
Meu rugido espanta menos
Que minha amarga alma
Claudicante a cada verso.
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