Pular para o conteúdo principal

POEMIUM TREMENS NO TAPETE

Passo os pés no tapete desta hora,
em verdade é o minuto que me invadirá
em hospitalidade oferecida pela noite

Há uma lâmpada queimada no quarto,
um pássaro infinito, um resto de ódio eterno,
falastrão como meu pensar nele,
e uns mosquitos embaixo do escuro fazendo coro,
o corifeu é uma cadela preta com óculos
que chamamos de Aterp e que fala
au au

Há pássaros de medo e eu não sou simples
com poemium tremens
Aterp está caçando como um lobo antigo,
os fatos também caçam-me abaixados
nas contas de luz e de água

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

QUE ENOBREÇA OS OLHOS

Seus olhos são nuvens com versos, caravelas e peixes. E eu sou uma ressaca marítima. Há sede debaixo de meus olhos. Há demasiada ansiedade em minhas naus de ondas. Não há vestes a proteger do frio. Não tenho muitas saídas, você sabe. Tenho de ser peixe. Estou uma confusão só. Sou um coral de crises. Sou um rodapé por uma estranha corrente. Talvez se me entendesse, poderia ser Netuno. O forno pifou quando eu planejava a queima sagrada. E a casa envelheceu na árvore da chuva que cai pesada. Há chuva que melhor que esta enobreça os olhos?

CORAGEM

Sou escândalo poético porque não me mando mais só o papel é mãe e pai e o que quer que pinte que o papel me peça é quanto me vai Não brigo com os dedos eles brigam comigo só minha coragem corre perigo quando me escrevo e a grito

ANTIGO NA CHUVA

A chuva no sonho máximo de alisar coisas secas pouca vergonha usa no se exibir molhada, cai vertical, nua das nuvens principais, fragmenta o agregado princípio, enquanto percorro o bigode  como um ser antigo, o sonho de folhas ao vento com a guerra ao norte  ... E começo a estender a arma eficaz - a toalha do pensar com estratégia densa, onde golpes anencéfalos esquecidos há anos aparecem do nada  e se servem dando ordem unida  na frágil luz do teatro