Estava o poeta trancado
como um barco
no azul do quarto,
pois
levaram a chave.
Quando arrombaram a porta,
ele era defunto de ar
na praia da cama
e ninguém o viu flutuar,
em movimento,
no vento,
e rodear
a lâmpada,
abriram a porta
de algas
e ele fugiu,
quando leu
a maçã de palavras
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