Pular para o conteúdo principal

POEMA E BOLO DE AVEIA

O amor sem garantias
O eterno jeito de ceia
O amor e sua azia
Uma reta fugidia
Uma mole geometria

Um bem e um pouco de mal

O amor e sua teia
Vitamina e sonrisal
Sorriso e bolo de aveia
Veia sangrando macia

O medo em funda bacia
Controlado vinho e sal

Descontrolado de frente
Arrebatado ou mendaz
Livre ou forçosamente
Gerando crime serial
De dar formas à semente
De planta fenomenal

Onde o ser monta e desmonta
Com a alma peneirando
Paixões que fiam de ontens
Hojes que bem se estruturam
Em gestos descabelados
De amanhãs que mal se apuram

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

QUE ENOBREÇA OS OLHOS

Seus olhos são nuvens com versos, caravelas e peixes. E eu sou uma ressaca marítima. Há sede debaixo de meus olhos. Há demasiada ansiedade em minhas naus de ondas. Não há vestes a proteger do frio. Não tenho muitas saídas, você sabe. Tenho de ser peixe. Estou uma confusão só. Sou um coral de crises. Sou um rodapé por uma estranha corrente. Talvez se me entendesse, poderia ser Netuno. O forno pifou quando eu planejava a queima sagrada. E a casa envelheceu na árvore da chuva que cai pesada. Há chuva que melhor que esta enobreça os olhos?

VOCÊ TEM HONRADEZ

Você tem honradez? Batizo uma mosca de honradez. Uma mosca tem seu próprio conteúdo, Um ser humano tem conteúdo mental com falhas. Um ser humano mata milhões de uma vez só. Uma mosca.....mosca "estro"..... . Você faz tratos, contratos, em troca de algo. Você dorme com tranquilidade. Você e eu. Já temos a pena que não nos compete. Vivemos 60, 50, 40....mas 70 é pouco também. Com 50 temos saudade do antes do corpo decair mais rápido. Honradez : ter justiça, seja: fazer jus. A seu tempo sobre a terra. O outro lhe interessa ? Contratos Tratos lhe distanciam De algo que humaniza. E lhe aproxima do espírito das guerras, Eu nonada non adan. Em cima da mesa, Duas moscas amam trepam morrem (Há um quê de Hades na trepada).

ARAKEVE NUNCA MAIS

VERSÃO sexta-feira, 3 de março de 2017 ...ARAKA’AEVE NUNCA MAIS, inspirado em poema de Edgard Allan Poe - The Raven (O CORVO) e em Eros e Psiquê, de Fernando Pessoa ...Meia-noite? Não sei bem, era horário de verão. Folheava um livro raro, letra barroca e fininha. Meu corpo todo doído debruçava sobre a mesa. “Ouvi o som do interfone?” Estiquei-me. Dor na espinha. “Quem toca meu interfone?” Logo atiça a dor na espinha. Quem vem com seu nhenhenhém?”. Foi no início de setembro. Meu aniversário, eu lembro. Não paguei a luz. Velavam velas várias na cozinha. Esperava o sol, o dia. E a noite me tragava, A leitura me enjoava, só lembrava de Amelinha Ancorado no cais longo da memória...Amelinha !!! “Quem vem com o seu nhenhenhém?” A cortina na vidraça balançava, para horror Desta herdada arritmia que ao peito desavinha. Ouvi de novo o interfone por vagarosos segundos... “É cliente atrasada??? A fofura da vizinha? Como puxa meus lençóis! Ela é uma vizinha Bem versad