Quando a lua era o mais puro brinco
da noite antiga,
e mistérios se apresentavam alucinantes,
aparecias, Etíope Princesa Escrava,
carregando nos olhos
mil impérios, não de ouro,
faiança, ametista,
lápis-lazúli,
cornalina,
turquesa,
feldspato, mas de esperança
de amor,
tornando-te galáxia de palco
no peito da Ópera de Verdi.
Uivavam signos em ponto final,
esvaziando os cantos das pirâmides,
e, sob a guilhotina de teus olhos,
pintei para ti um pescoço-texto
com pontuações achocolatadas.
Comentários