afiados
com suas barbatanas
espelhadas
canecas em navalha
cacos de emoções
com algas tombando
com sua fome
de planctons
com sua sede
de abraços atirando
com sua extensão ilimitada
no frio
com suas pedras rasgando
com seus pneus de arestas
fogo nas axilas das esquinas
falsos grupos de azuis
falsos elogios sob postes
falsos jeitos de permanecer
na agulha das ilhas
a rua e seus becos
com seus sinais de escuridão
com seus verões elevados
com seus sóis de solidão
e dor física
no mesmo local
do cérebro doendo
na barriga aberta do papelão
mijado
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