Você me diz
que não sou louco,
só um pouco,
que não diferencio Cleópatra de Creio em pátria.
Que vejo anjos de coágulo nas pernas
fugidos do Inferno-São-Os-Outros.
Você me diz que é tarde para mim,
mas quem entende os próprios chaveiros?
Adianta exigirmos do espelho
o normal de decência lógica?
Você quer me atar com absolutos
e embaça minha laranja na fruteira.
Você afirma e eu fico surdo,
pois só o relativo pontifica
a mistura do meu dia com feijão,
e um anjo escabelado se estica
na rede de sarcasmos que me dão
as mãos dos sonhos que mais vão
quanto mais ficam no chão.
que não sou louco,
só um pouco,
que não diferencio Cleópatra de Creio em pátria.
Que vejo anjos de coágulo nas pernas
fugidos do Inferno-São-Os-Outros.
Você me diz que é tarde para mim,
mas quem entende os próprios chaveiros?
Adianta exigirmos do espelho
o normal de decência lógica?
Você quer me atar com absolutos
e embaça minha laranja na fruteira.
Você afirma e eu fico surdo,
pois só o relativo pontifica
a mistura do meu dia com feijão,
e um anjo escabelado se estica
na rede de sarcasmos que me dão
as mãos dos sonhos que mais vão
quanto mais ficam no chão.
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