No cerne da ilusão de nossas verdades moles, esquecemos de nos ver em totalidade, e, duramente, nos amamos. Com Máscara de Ferro, nossa hipocrisia sentimental. - Sentimos muito, você sabe que falhou. - Assim, a voz do amigo e da política de circunstância. Nos esvaímos pelas veias carcomidas do sistema eficiente do Deus Hipos (Abaixo para os íntimos). E tudo vai regendo o Mar do Mesmo. Os Precisos continuando a se servir de sua solidariedade momentosa. Os Imprecisos a se espantar com a Poesia Espantosa de cada mínimo. Com a incerteza de cada sentença. Com a ruína de cada tribunal. Oramos ao Girassol com beleza desorelhada e gozamos a Beleza que só nós compreendemos. Nós, os Pretensiosos do Texto Vazio.
Seus olhos são nuvens com versos, caravelas e peixes. E eu sou uma ressaca marítima. Há sede debaixo de meus olhos. Há demasiada ansiedade em minhas naus de ondas. Não há vestes a proteger do frio. Não tenho muitas saídas, você sabe. Tenho de ser peixe. Estou uma confusão só. Sou um coral de crises. Sou um rodapé por uma estranha corrente. Talvez se me entendesse, poderia ser Netuno. O forno pifou quando eu planejava a queima sagrada. E a casa envelheceu na árvore da chuva que cai pesada. Há chuva que melhor que esta enobreça os olhos?
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