De poemas faço a água dos olhos
Com que a alma vigia de dentro,
Enquanto há domínio do não
Latindo lá fora,
Teclo meu ser com água em fios
De espanto nestes escaninhos do estar,
Onde há febre nos raios
E pneumonia nas tempestades,
Enquanto preta late lá fora
E eu tecendo palavras
De estar quadrado num buraco redondo
Com meu apagar de realidade
Enquanto lá fora preta late
Pela escrava hora do passeio
E um poste espera ansioso
Que ela o cheire sofregamente
Até que ele entorte de cócegas
Esquecendo a lei do silêncio
Das coisas sem sopro
Com que a alma vigia de dentro,
Enquanto há domínio do não
Latindo lá fora,
Teclo meu ser com água em fios
De espanto nestes escaninhos do estar,
Onde há febre nos raios
E pneumonia nas tempestades,
Enquanto preta late lá fora
E eu tecendo palavras
De estar quadrado num buraco redondo
Com meu apagar de realidade
Enquanto lá fora preta late
Pela escrava hora do passeio
E um poste espera ansioso
Que ela o cheire sofregamente
Até que ele entorte de cócegas
Esquecendo a lei do silêncio
Das coisas sem sopro
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