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Mostrando postagens de 2014

A CORRIDA COM OUTRAS VOZES

Foi-se a voz de infância que eu tinha. Perdi ali no rio. Caiu quando me abaixei. Foi. Quando me abaixei pra pegar a bola. A bola ficou  adolescente. Fugiu ali pra ilha do futuro. Quando corri sem ligar ao que vinha. Quando corri para ganhar a láurea. A corrida com  as outras vozes,  Na areia movediça do sovaco de Deus.

O MENINO DIZ DAS POMBAS

O menino diz que as pombas  é que são superiores. Sempre aqui na praça. Seus olhos são sempre piedosos. Quando os homens pararem, as pombas. Elas construirão um novo mundo de pães. Os homens tomarão seus lugares nas praças. E terão muitas migalhas.

QUANDO ELA DEU ÁGUA

Quando ela deu água para ele beber, naquele poço que ficaria marcado  como conto infantil, imaginou que os olhos dele eram dois pássaros desinteressados, mas quando os viu abrirem as asas em cicatriz se apiedou e se despiu

MAS REVIVENDO

Brincadeiras estalando. E a pequena criança brinca de polícia e ladrão, levando e dando tiros, mas ressuscitando... À volta muitos aviões sátira ao real drogas patrões escolas gente boa gente ruim com céus limpos ou borrascosos.... Tiros voam como pássaros definitivos.

CORPO E SUA NOITE

A pretensão do corpo sempre foi assim, inobstante a raça, o poço das rugas, inobstante o tamanho, a riqueza, o mesmo de sempre, o corpo, inobstante a presença delas, as filhas de Nix, a Noite, a fiar, a puxar e enrolar o fio tecido, e a cortar o fio da vida de pobres, pretensiosas, moléculas de orgulho

TEU VIDRO

Na verdade, foi só uma criança de cruzamento Que foi presenteado com um sorriso de vitrine. Nasce Egeu virado no útero. Três são as tentativas do médico tirá-lo sem afetar a mãe. Na terceira, nasce. Três passarinhos numa gaiola próxima morrem e ressuscitam nesse dia. A partir do trânsito parado. O garoto Egeu bate no vidro. Você não abre. Passam anos.  Já adolescente, Egeu bate em seu vidro de novo. Você não abre. Mais anos. Eros e Tânatos na umidade do dia chuvoso um dia se apresentam. Dizem de nós: - São um gênero seco. Hoje mais um dia vai morrendo. Uma ilha. Um rio. Moléculas de ar. Uma mulher tece um tapete de verbos. Egeu sempre quis um boneco do Hércules. Faz piruetas frente aos carros. Depois vai à lojinha tentar comprar um com moedinhas que juntou. Volta noutro tempo. Ainda não dá. Um ciclope o observa. Um traficante que lhe propõe doze trabalhos. Primeiro costuraria em sua barriga três quilos. Depois, atiraria em três adultos. Não tem emprego pra todo mundo. Não tem consu

FLUTUANDO

O afogado vai flutuando, flores e folhas e algas se juntam aos peixes mortos que cria sob o braço direito, um dia ele viveu na superfície, amou, comeu, defecou, amou (ou pensou) e agora como um barco vai ao sabor da paz do rio  com odor de deuses mortos

TENTANDO A PALAVRA

A chuva das mãos tenta furar  a pedra-frase mas cega  pelo excesso de nuvem em seus dedos vai de lá pra cá de cá pra lá e tudo é lógico sobre a mesa como dois mais dois e a chuva tenta furar o bloqueio dos gestos de pedra com nuvem de sonho sempre que pode

A CAIXA DA ÁRVORE

Tirei a caixa de cima do guarda-roupa. Ícaro. No mar icário da cama a lancei. Lençol azul manchado de borra e porra. Montada a árvore, as mãos silenciaram. Os sofás azuis encapelaram um instante. Nossos navios quase foram ao fundo. Os galhos da árvore já com neve, sinos, bolas, estrelas artificiais, pisca-piscas, presentes minúsculos para as fadas dos pivôs dentários, tudo para acender a alma do natal, cheia de cupins trocando asas...

CHORÃO DE RESSACA

Eis que vomito no rio do seu pescoço com anseios verdes depois de você me deixar falando com as moscas que aliás são muitas na sua casa porca agora quando tenho ódio ao vento pleno de polens a direcionar a alma dos galhos e vou matá-la amanhã com o amor de ontem hoje fico intacto

DUAS EM UMA COMO SE FUNDIDAS

Procurei por todo lugar, embaixo da cama, nos escaninhos do computador, nas gavetas, às quais tive de consertar, com um preguinho nos cantos, procurei no corredor, debaixo da pia, onde encontrei uma gota gelada, solitária, e, em ato de misericórdia, a matei com um paninho, procurei na televisão, no sofá, detrás das duas máscaras venezianas, que trazem cada uma um espírito, e não encontrei, até que indaguei da esposa, que jogava cartas virtuais, sobre a minha alma, e ela me respondeu que estava junto da dela desde que nos casamos naquela longínqua noite e de tão agarradinhas é como se minha alma não existisse, fora da dela a foder a minha com gozo de deuses com satiríase

MITO DE CARNAVAL

Nas memórias da infância o carnaval tinha cabeções e fogos até na ala das baianas. A morte por vezes aparecia nos carnavais antigos, mas a morte que se lançava em cada um vinha ao ritmo da bateria das tempestades em compasso-paixão de trovões. Os orixás não tinham medo de encarnar e de ficar com as ninfas-destaque. Ele na época era bom em reter os nomes. Ele na época era bom no trançar palavras. Conseguia rasgar sem retalhar os anos febris e esperançosos. Sabia vestir roupa de pássaro, de sapo, de raposa, de leão, de lobo, e, sem medo, devorava o sambódromo,  como um animal, a seguir os rebolados das árvores, quadris em caracóis. Mas, agora, ele era um mito, uma crença escorrendo no tempo e não adiantava juntar seus visgos.

A MOSCA FORA

Num pote de vidro por três períodos a debater-se  o ser incerto  se encolheu insetamente "Nosso amor-próprio  parece exaltar-se  com a censura que fazemos,  e humilhar-se com o louvor que damos" Se debateu o ser em certo sentido além do que se viu aberta a compreensão a frases e fases que não eram suas O próprio umbigo - ídolo eterno  dos literatos que ajoelham errado A mosca enlouqueceu  se debatendo no pote e o pote se abriu,  foi então que renasceu  no amor da cozinha,  onde um perfume de bananas tomava a mesa

A MENINA DE DREAD

O ventilador o olhar o som invólucro coral de poeira cupins deixam asas na madeira na cadeira uma marca no copo um compasso um celular o óbito da noite o bote do vereador que não dorme e desespera por uma vaga pra correligionária no sofá o suicida perto da ponte olha pros lados antes de pular por alguém que o empurre na hora certa a maçã que caiu no chão e o amor de duas moscas uma em cima da outra meladas ainda do pudim que a menina de dread fez e de novo o olhar sobre o campo onde agonizam milhares de cupins

ACIMA-DEBAIXO

Acima-debaixo do bicho-papão terror debaixo da cama me disse o avô espanhol o pai pernambucano me falava do papa-figo que traficava órgãos para pagar o aluguel uma prima fazia cortes no braço para se punir pelos desejos pela madeira correntes na memória de ir à igreja e ouvir que padre Igor só gostava auxiliares menor de doze terror acima da cama

O CETICISMO DE LOUÇA

O ceticismo, patrocinadores danados e bons dão óbolo para a festa pública,  pagando as roupas e o varal, o cansaço, as louças para a pia da cozinha, meu verbo é vírgula, e o texto fica seco quando lembro de um golpe sujo contra um homem-barata, o juiz não fez a contagem e quase deu nocaute, onde uma brecha de desumanidade se mostra, quem cobra? quem cobra  onde há ser humano nesse mundo que dê uma alface  para um prato que grite ao rosto? estou só  porque o saco irremediavelmente está cheio sob o juízo do outro, o outro que se acha mouro, ninguém se multiplica como acha, dividimo-nos, de mãos curvando as folhas, ante o lucro das botinas do palácio

NO AQUERONTE

Em Gaza sinalizadores de morte. Crianças paradas no ar pela ilha de edição. Avós estranguladas pelos canos dos canhões. As estátuas feitas de balas com amor. As pupilas montam o cavalo chamado Indiferença. Um ministro mata crianças perfiladas como em boliche. E próximo um pelo voa de uma cadela manca. Todos passarão pelas raízes de óbolos.

VIZINHANÇA ENQUANTO A NOITE DESCE

O vizinho de trás ajeita o microfone e canta, sem ter nada disso, ajeitando-se no invisível. À frente, Guimarães Rosa, reencarnado numa roseira, ali descansa um gato. Acima, uma mulher enche bacias e as joga nas cabeças dos pardais. Na frente, roubam, roubam, e não devolvem. Inclusive o dono Do quiosque. A noite está descendo E esquecerei a todos, quando ela retornar Da cantina.

HYDES QUE SOMOS

Depois de ler sobre Kafka Em interior batalha, Na urbana guerra dos tronos Vou, com medo e sem muralha. Não sou de raça escolhida, Sem grana pra smartphone. Meu talento : na axila Meto a mão e sai trombone. Na rua, este templo urbano, Que nos perde e condiciona, Somos baratas expostas. Suas pedras como espelho, Atadas por densos frios Mostram os Hydes que somos.

O ÓDIO TEM QUATRO LETRAS

Somos nesta guerra quatro letras que explodem frases, socos acres bem no verbo que se adianta nas crases. Um corpo sofre no outro, o outro mais quer, quebrado, se no catre há um que vence, é por conta do arrebato. O ódio no amor se trata, o corpo n'alma se plasma, somos do alfabeto a nata. Embora a paz e o pão ázimo, nesta eucaristia quatro letras dão sangue e sarcasmo.

QUASE MEIO

Um passo quase meio Sapato quase feio Pulando quase em baixo Um amor quase cheio Casório quase feito Quase branco e ela vestida De um branco quase preto E um noivo quase em dívida Banquete quase quente Da sogra quase exótica Não fosse a quase ardente Neta quase gótica Ao fim quase começo De um dia quase claro A noiva quas'dispensa O noivo quase raro

FLOR QUE BASTE

Por amar muito este amor que o canto de carne e alma ao fundo do teu ser, e por guardá-lo todo em teus encantos bem mais te amo a me submeter. Eis o milagre dos encantos teus que faz escravos de escravos natos para servir-te mesmo após Morfeu fingir-te a Morte com manhas de gato. Amo-te como um David-Golias, Anão-gigante, corajoso traste, Arcando pesos, mas com alegria. Me faço rio em fúria, embora afastes, Roubando as flores que se agacham frias Pra que só tu seja a flor que baste.

SONETO DO SILENTE AMOR

O Amor encontra fala que o expresse? E a fala que o expressa mede a Alma? Será o atroz silêncio o que mais tece O Amor de duas mãos que bem se espalmam? Profundo é o rubor que atinge as nuas faces cujo amor preenche o olhar, tornando vã a fala que insinua saber bem mais por verbos manejar. Sempre temi palavras sobre o amar Que mais profundo é no estar calado, Amando, sem falar-nos, a tocar. Que o amor sem fala é mais falado Pode-se comprovar no nosso olhar, Que escreve e lê no vão silenciado.

SONETO BANDIDO

Não demores demais, venhas desnuda, Que a veste é uma coisa que atrapalha. Também não fales nada, venhas muda, Que o tempo esgota e esta memória falha. A minha língua lamba bem a tua Nos buracos das bocas encantadas, Depois, que eu desça sobre as tuas luas A minha língua bem caramelada. E assim eu volte a espremer tua face, Numa trilha sonora de gemidos, Minh'alma na tu'alma a misturar-se. E, deitados na grama, em vão nos cacem, Em vão, pois nosso amor é bem bandido, Fugindo, para assim mais sequestrar-se.

PRECISO REMAR

Preciso consolar a vida cheia de morte pois seu choro aos meus ouvidos sorri mais do que suporto Preciso consolar o barulho cheio de silêncios pois seu choque vazio me faz trêmulo nas orelhas Preciso remar entre notícias cheias de sinais rubros e sentir a morte morar nos meus irmãos para registrar a alma na carne do alfabeto

APESAR DE TUDO SOU

Apesar das algemas sou liberto como um poema incerto na argamassa do espaço Apesar das grades sou liberto como traço em tela de um olho dormindo Apesar do estilete sou liberto como um cabelo ao vento ou um alheio sentimento

PEDAÇO DE FOME

Pedaço de uma fome qualquer e com sede vai com cesto ao rio-mar buscando estilo mas o estilo é uma velha lenda que o poeta copia e preso fica ali sem pérola própria com cesto cheio de furos Mas o que é a poesia? O que é o é? Vou comunicar: não agora que estou com palco proibido ao real e com uma voz-cópia Eu queria fazer um poema sobre a poesia mas nunca fui até ela ela é que veio até mim sem pedir licença pra engomar minhas roupas da primeira vez me enterrou minha mãe não teve tempo de me pentear Quando vi a flor da poesia, ela despetalou minha interioridade mas era cópia de uma cópia de uma cópia de um escritor com estilo e que não muda nunca

O MITO ME ABRE AO NADA

O mito me abre os olhos mais que ao fato à faca-dicionária cheia de orvalho O mito me abre a alma mais que ao sono, é quando enxergo o signo como não-ser O mito me abre o corpo da palavra, é quando só com meu nada posso lavrá-la

SEMPRE CAI

A carne sempre cai quando a alma esvai ao que devora o amor E no solo vai ganhando frestas poluindo envenenando queimando com o ácido do seu descante o que devora o amor Sempre cai

SE EU PUDESSE O FIM

Se eu pudesse  escolher o fim o quereria  com um ar de começo nas bordas de anseio de teu beijo e fujo eu do centro porque na beira do rio há mais verde curvado às águas que passam nos teus lábios dentro às pedras que se arrepiam se encolhendo de frio como quem brincam oferto este frêmito vermelho no assento

O FALO O FAL(ÓPIO) A FOME

Homem de ferro, quantos caminhos se sou homem de lata e quantos caminhos  se sou homem de retalhos de penas de pedra de poemas? Quanto sites a clicar até chegar a individuar, agregar, quantos medos verdades mentiras repetidas quantos furos nas capas do Poder digital é preciso fazer? No tribunal ópios-fala piam sentenças                                                                                                                               

AO SALVADOR DALI

Borboleta e relógio deitados na mesa Velas levam Rinocerontes na face da guerra Um grande bigode dali a Narciso Os seios pisados no tempo da girafa em chamas Barcos ancoram costas nas esferas Faces sustentadas de olhos arregalados Formigas rezando ao esquizofrênico deus amanhã

RASGAR UMA REALIDADE OBESA

É fácil escrever uma pedra nome de brusquidão sobre  a água sem sonhos do mundo que se escreve a gelo a sangue a medo e  nesga de lâmina Rasgar uma realidade obesa de abraços artificiais é fácil como escrever uma pedra com música

O QUE SEI, SENHORA

O que sei, senhora, é tão pouco diante dos sentidos inexatos. O que não sei, senhora minha, urge em teu modo fátuo, que se ancora presto preso onde me planto, pássaro afogado em vôo lesto. O que sei, senhora, bem se esgota diante de teu vulto vasto. O que não sei, senhora, é farto ao cerne pio, pleno de mistério, triangular meu céu: teu monte em pernas. O que sei, senhora de perceptos, diante do que sinto, é herdado dos amantes poetas medievos, santos jogralescos, sós herdeiros de indecentes tortos cavaleiros que por ti nos versos se endireitam. O que sei, senhora, se alvoroça no fogo do perfil com que me impedes o ancho coração e o atropelas com teu rosto em pedaços que se evade, oceano a me dar bravas procelas, a me afogar, enquanto há sol nas árvores.

TORTOS CORPOS

A noite está tonta e nua. Tonta e nua esta a noite. Vazios trincam meus sonhos. Já vazios tão trincados. Quelóides de ontens na alma. São corpos tortos na noite. A noite cai. Seus deltóides Tensionam escuridões.

NO ESPELHO MORTO E VIVENTE

....Há quantos dias lhe chove? Sua árvore encharcada? Mas a chuva no espelho Faz sua vida afogada? Mas que seu ser tem a ver Com o vidro que o reflete? Se seu cérebro em sinapses de solidão se traveste. Quer ser jovem, mas já foi. Será que nasceu idoso O seu ser, caco de espelho De meu eu, de d(eus) guloso? Será que em si vai chover Como no espelho molhando? Ao espelho o eu a ser Mais se reflete, eu/stando...

DESENTENDO CHAVEIROS

Você me diz  que não sou louco,  só um pouco, que não diferencio Cleópatra de Creio em pátria. Que vejo anjos de coágulo nas pernas fugidos do Inferno-São-Os-Outros. Você me diz que é tarde para mim, mas quem entende os próprios chaveiros? Adianta exigirmos do espelho o normal de decência lógica? Você quer me atar com absolutos e embaça minha laranja na fruteira. Você afirma e eu fico surdo, pois só o relativo pontifica a mistura do meu dia com feijão, e um anjo escabelado se estica na rede de sarcasmos que me dão as mãos dos sonhos que mais vão quanto mais ficam no chão.

TENHO DE QUEBRAR

O rosto já não espelha. Endureceu após o dia. Há um deserto por cima. Sou camelo e cachoeira. Tenho vinhas de estresse. Antes, escorria pelos braços, tronco e pernas. Tenho impressão que esvazio farpas. Agora, olho o espelho. E lembro que não posso olhar por muito tempo. Tenho de quebrar oito horas.

O NAVIO

Um navio. Entro. Vejo o mar ao longe e perto. Sujo de óleo e homens. Dentro, uma piscina. Gente gorda, gente fina. Foi dia de visita. Saio. O navio sonha. Não, navios não sonham. Eu sonhei que era comandante. Que cantava aos tripulantes. Aos visitantes. Aos pagantes. Sai. Fiquei só com a praia. Nem moedas para um sorvete. Passam banhistas. Tento esquecer o navio. O navio tenta me esquecer?

SE EU ME CHAMASSE SETE-FACES (a Drummond)

Vejo gente multiplicada por gente sobre gentes.... Pra que tanta perna, tanto movimento, nada lento, tudo rápido? Poucos cultivam o bigode. Só conheço o Tião e o seu irmão. Creio no segredo do sonho quântico. Somos eternos em processo. Eu mesmo me abandono a devaneios sutis. A galáxia é vasta. Meu coração adora um torresmo com cevada. E ainda me comovo com a morte na TV. Se eu me chamasse, eu me atenderia. E se meu nome fosse Raimundo? Voaria com solução De formicida e rima. Ou não.