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Mostrando postagens de junho, 2016

DESVONTADE

Vontade de não ter vontade desdesejo de não sair daqui para onde não me encontre num lugar despovoado de olhos e lábios bíblias de não-ler e de ter pontos de desvista sobre o que não quer que seja Vontade de não ter de ser não a sins de não sair daqui de estar onde me inadequem ao certo de possuir-me em nonadas a comida no prato nenhum as cascas no pires inexistente com apetite nuclear do século passado Vontade de sair de onde nem entrei para um naco de afirmação ao contrário sobre desliteratura ou desvida de pé de escada quero ver a vida desmorrer, acabar de soprar e voar e voar e voar desvirando o ódio do ar mudando o destino de seus ninhos depois eu posso colar meus neurônios

NEGASOLANDO

Sou brasileiro e dizem que somos macacos Isso é uma injustiça Meu rabo enrolo sempre no varal Qualquer um pode gostar de bananada Ainda mais, tenho uma poesia americana Trago em meu bolso poemas beat Goethe está em casa deitado numa mesa Livros que não leio acenam da biblioteca Então, não digam: eu sou INF. Existe brasileiro infeliz... E não-brasileiros inferiores O dia está frio E eu me sinto numa folha de pagamento Cercado de "ex-mares" em todas as ilhas... Mas Espantando o frio, a feiúra, o tédio, O sol brinca no umbigo de Deus, Seu mindinho aparece nas cortinas de cima E um gato pula nos joelhos do muro, E eu me mantenho à distância Dos jardins que vejo na idéia, Por medo do sonho disparar E começar a florear demais E eu perder a visão do sol negaceando

Vendedor de Si Mesmo

...Olhando virtualidades, ele/ela se enche de selfies enquanto se esvazia. Cede a manobras. A tentações públicas. Ao retrato no jornal. Que orgulha seu olho de peixe. Ao fim, ela/ele esconde-se na múltipla máscara. A face, ele/ela vende a eles/elas com dedicatória.

COMO AQUELA FOTO

Claro que posso falar simples eu te amo tu me amas o dia tá lindo na mesma onda deste dia infindo, ontem, na geladeira, o sorvete e a cerva. Tinhas seios à mostra Com insetos brilhantes Peles de mamilo. Então, fui num mergulho pra poesia em curvas do teu corpo, Lúcia, procurando entrar em rubro coito de alma, como águas límpida em um porto calmo. E isso leva tempo, por ora Deixa eu lamber-te os olhos.

ALMA POBRE COM FRALDA

Não fique com raiva. Tudo é apenas um filme. Ou fique. Tudo é apenas um fio. Daqui há pouco só haverá o terremoto Derrubando sua gramática sobre tudo. Um grande escuro surgirá Aplastando as telas E nada restará sobre a face dos televisionários. E nada restará sobre a face dos virtuais sacrários. Não fique com raiva. Sou um falso profeta. O filme terminará. Eu irei um dia. Tarde? - Agradecido! Eu não decido! Sumirei como este último verso Lá em baixo Que você lerá com fúria Por ele nada significar De furioso. A vida é dura e bonita Como um dreadlock De Deus que passou aqui na alma Pra tomar um cafezinho. Eu já tive alma pobre. É quando eu era mais rico E usava fraldas.

TINDER INSTAGRANDO WEBSAMBAS

Um comenta o status outro sonha em likes instagrans emplasta outro goza em tinder nova amizade snap outro o som descurte o orkut foi-se ou o link rui-se tamblado tamblando em um sambaweb com o próprio twiter dedo em febre whats e eis senão quando percebo que em mim morre um modo antigo