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Mostrando postagens de novembro, 2017

CLAMOR TAMBORILANTE

Alimentam o poder deste tempo Ambições-metralhadoras Derrubando a pomba desnuda No beiral do Livro. O sangue traçando na vidraça Das mentes uma suástica esquecida. Não ouvem o clamor Pedindo o encontro Tamborilante do deus desconhecido.

À BEIRA

À beira do verbo fica, Isolado e lúcido, e depois criando com o semibreve corpo  uma música no corpo do papel À beira do verbo é solo escorregadio onde navega o papel, se distrai e sofre sua queda final, sendo levado seu farol num remoinho de linguagem, pra sempre pra sempre pra se.... talvez pra... talvez...t..

NÍVEL DE PoeSiA (PSA) NORMAL

A noite, encoberta de almas vomitando luas, Navega por oceanos de sonos e vigílias. A noite não é tão poética às vezes, E assassina Morfeu nos olhos. A noite boceja enquanto mira o exame, Que marca nível de P -oe- S -i- A normal Nos homens e  acha demasiado normal. Condenado às linhas mais um pouco.

ROER IRREAL

Nas periferias do ser Roer peles de memória Que se foram, Coinstruindo os laços Com as sonoridades Sem som, Naquele canto Não dessangrada a lenda Do amor, Ribombando as cordas, Semeando feridas, E mistérios fazem Batidas amanteigadas Na pele com tara De mitatoslogias. Nas periferias mulheres São-me sóis.

MINHA ESC

A escrita  em que concentro não sei se é de cá  ou de fora, se flui constante, ou se pára, indo embora. Em alguns minutos, o lábio do lápis/tecla nos soprará um tudo, sempre a versar-nos do nada.

FIM DO FORA

De versos em crise a casa que eu me fiz Ritmo infinito e mutante por dentro de mortes in(finitas) De ruínas a casa triste que eu me fiz clássica e moderna e mestiça Por fim o ser chegando à mesa quebrada No fim do fora o clarear que desfiz

O GANHO

Foi assim o ganho Antes da perda, Bebia o parágrafo, sinais exibindo Como ouro-papel, A letra ardia em gozo De beber um tempo doce e Fazia-se nos roteiros A pose, Dias e noites - personas Do ontem, mas onde o hoje? O hoje-angústia, como refleti-lo  No ser de ontens ladrilhado?