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Mostrando postagens de janeiro, 2019

O ORGULHO DA PANÇA E A LUA

O luar domina os lunáticos. Todos pulam, dizem: maravilha! Deixarão a vida bem exangues, No capital o sangue das virilhas. ... Sem os bons, os maus são de doer, Explorando a miséria social, No sovaco da bolsa a bem foder O orgulho da plebe nacional. ... Vai a lua e chega o sol; alvar, O lucro espreme a própria pança, Num barulho de estraçalhar. ... E o poeta, intoxicado, dança - Imagens de amor crepuscular -, Sugando os puns como lembrança.

O CURSO DO RIO

Sei que o rio deve seguir seu curso. Mas preciso descansar entre as pedras correntes, As pedras cristalinas de seus olhos. Gostarias, sei, que eu movesse para ti Diamantes com lábios, algo assim. Mas quero-te foder a toda hora Com meus instintos de pedreira em sêmen.

DIVISÃO NA POLIS

Dividida na polis a verdade bífida, vejo-a na avenida a evaporar. Um ministro goza um cargo enquanto mastiga pedras para bem falar. Tenho a sorte de curar feridas (as minhas) abertas com palavras-pasta. O presidente casa de novo em cima da urna. A sorte de ter a mínima palavra como reflexo hábil do (ir)real. Um índio chora, em sonho alcança a glória da ONU. O paradoxo da palavra ressignificando meu espaço: carreira doce de formissignos.