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Mostrando postagens de novembro 16, 2012

DA MORTE DA MOÇA CHAMADA AURORA

Aquela moça, Aurora, Aquela de mãos pra fora. Que tinha corpo e sonhos. Que um dia feriram horas Entre os relógios do mundo, Por não perceber os vermes Subindo tijolos em sua vida. Eles tiravam o prumo desde o nascer, Viam o nível, batiam de leve Nos delicados tijolos, Até que construíram sua morte Entre os distantes polos Os filhotes de Cérbero.

CUBATÃO NEM SEMPRE

Aqui nem sempre há mortos céus ou infernos vivos para Prometeu. Nem sempre um "daimon" esfarrapado de costas apaga as brasas da boca próxima cheia de formigas e cocaína. A vítima: aquela senhora bem alta que nem sempre vem aqui e que fumava basálticas rochas pagando pedras com a alma. Um anjo de costas chupa um osso espedaçado por angústias e põe sua própria noite na latinha, nem sempre. Cubatão nem sempre é assim. Na Fabril, há casas que falam coisas azuis. Na Light, há jardins que falam a língua inglesa. Há potes de ouro ao final do Arco-Íris.

A RAZÃO DO AMOR

A razão de eu ter domado os cavalos do mar, De eu ter aberto o peito da Aurora, De eu ter dominado os dragões do sol, A razão de ter entrado em ti com o desejo de unidade, Nasceu quando sentávamos no sofá. Comíamos pipoca E assistíamos o Chacrinha. Quantas vezes o sal do bacalhau que ele jogava Nos atingiu. Eu sorvia os raios de teus olhos E relampejava sobre as estrelas, Que eu juntava com as mãos Pra lhe fazer um tapete prateado. Quando eu me vi em ti estendendo as asas, As penas eram feitas de tua aura.