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Mostrando postagens de fevereiro 11, 2013

MITO ALQUÍMICO - PARA A PEÇA TEATRAL EXODO

O desespero no limite A sempre iterritorial habilidade de sonhar O navio invisível lembrando  Quantas? Chegar a algum lugar pretensão  Num tempo de destruição de todos os lugares Num tempo de destruição do ir e vir Num tempo de destruição dos direitos cruciais Num tempo de triunfo dos déspotas públicos esclarecidos Num tempo de sem-tempo a não ser para desmontes do humano A pergunta que se faz é se há um pão de teatro para comer em paz Um pão de pintura pra se morder Um pão de escultura um pão de música Sem se tornar artista oficial Sem a necessidade de comprar vaselina Para que não doa o falo-imperialismo-econômico Como buscar o transreal sem dor O paraíso no mármore linóleo madeira acústica Como estar seguro na fronteira entre o real e o ilusório Como estar seguro fugindo de si mesmo O neo-fascismo acena com as delícias Querendo invadir os sonhos As faces do anjo maquiadas por telas e telões Na direção da terra prometida O sangue escorrendo dos tubos do

MEU SOLAU ENVERGONHADO

Com meus versos, nesta hora, faço agora o bem perfeito de louvar essa senhora deste desenho imperfeito de um livro da Idade Média, usando o imaginário, mas dando um real tempero. Esta dama medieva tem qualidades no peito que quantos o sabem coram, tudo nela é bem aceito, bela é por dentro e por fora. Direi a vós que não há igual em beleza e chora quem não consegue beijar sua boquinha de amora. Quando pousa a nosso lado com seus olhos de bonina, plenos de brilho, endeusados, na frente de uma cortina... Quando pousa no balcão com seu jeito de sofrer, tão triste, mas que contém a beleza das estrelas... Quando pousa, a sensação é de mar esverdeado, em tal iluminação, que torna belos os peixes e ao bom futuro inspira com seus líquidos encantos. Pode estar neste desenho, Mas sinto perto o seu cheiro... Ela mora em outro século, tem guardas sérios, matreiros gigantes

VIOLA BOLORENTA

Paulinho é gênio, Quer ser escritor. Só não leva prêmio Se o assunto é amor. Chega a ter ataque Quando vê Maria, Célia, Lúcia, Márcia, Juntas num só dia. Mas é no teclado Que Paulinho vinga, Joga o dedo irado E poemas singra. Vê a foto de um atleta E inveja em seu tormento. “Por fora, bela viola, Por dentro, pão bolorento.”