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Mostrando postagens de abril 8, 2014

POR ARTES DO ÓDIO:BUM

Explodiu num corpo magro, um corpo olhando outro corpo, um homem crestando sépalas, foi assim um vaso inflando, chorando indícios: pétalas. Explodiu, pr'isso nasceu, sem profecia, esperança, com versos rotos, sandeus, foi assim de uma só vez num vulcão corolas quentes. Explodiu sobre a cidade esse coração de Vênus nu e be(s)atificado, desarmando o ser comum por artes do Ódio: BUM!

FERNANDO PESSO-HETEROFERA

As escaras que minha alma curou??? Eram escadas pra meu ser galgar. Em mim é bem calada a alma; sou??? Quando comecei a me ultrapassar. Por elas fui, no que restou-me. As escaras davam pesares. Mas o peso soube os patamares. Eram sem fim e tinham sons e sal. Eu - sem verso - subia sem dar prosa. Tantas vezes quedei nesses degraus. Eram muitas escadas e doíam Mas faziam nascer o bem do mal. Fernando as subira, heterofera. Nada então falara da intenção. Simplesmente foi pr'outras esferas Subindo escadas com vítreas mãos; Só com perguntas reinava n'alma (Sabe disso quem é rei de sua ação.)

PALAVRAS PRA HORA DE ACORDAR

Às vezes falo com palavras usadas. Elas dançam na cabeça dos fatos. Sabe uma mentira que é verdade?  Então é Arte. Às vezes falo por palavras/formiga. Há uma cócega individual de cada pezinho delas. Jamais virarão questões num vestibular. Vejo filosofias grandes em pequenas bactérias. Aprendi no barro, com Maneco Barros. Você me diz o quê? É sim. Uma verdade de mentira. Quando sonho, é que me aproximo mais do real. E ganho perguntas pra hora de acordar.

NUNCA E SEMPRE RESPIRAR

Eu já naveguei por mares mais oníricos. Avistei praias que me ensinaram areia. Mas aquela sereia que ali morre Numa esquina com jornais-morango, Neste não-onírico mundo na sarjeta, Mostra guelras dormentes de violência Aos meus olhos feitos de letras com pontas. Outra vez me encontro a regurgitar nos papéis. Fico fragilizado diante daquela sereia que ali morre. Meu coração é frágil como um filhotinho. Em meu ser todas as fontes têm poder. Ela quer me impedir de olhá-la com minha solidão. Logo eu que só sei viver assim. Com solidão consigo me mover por fora. Consigo dizer olá com ódio. Consigo matar baratas. E me sentar para preencher processos de horas Cheios de pedidos e revisões de relógios/cérberos. Sem ódios consigo segurar a caneta. Caneta que o ser sempre enche de tinta neutra. Sem me esforçar consigo mentir que sigo sem dor. Eu já naveguei remando com palavras escuras. Tropecei em ondas odiosas que me ensinaram. Corais de dívida-dúvida à Vida Me ensinara