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Mostrando postagens de outubro 1, 2014

O QUE SEI, SENHORA

O que sei, senhora, é tão pouco diante dos sentidos inexatos. O que não sei, senhora minha, urge em teu modo fátuo, que se ancora presto preso onde me planto, pássaro afogado em vôo lesto. O que sei, senhora, bem se esgota diante de teu vulto vasto. O que não sei, senhora, é farto ao cerne pio, pleno de mistério, triangular meu céu: teu monte em pernas. O que sei, senhora de perceptos, diante do que sinto, é herdado dos amantes poetas medievos, santos jogralescos, sós herdeiros de indecentes tortos cavaleiros que por ti nos versos se endireitam. O que sei, senhora, se alvoroça no fogo do perfil com que me impedes o ancho coração e o atropelas com teu rosto em pedaços que se evade, oceano a me dar bravas procelas, a me afogar, enquanto há sol nas árvores.

TORTOS CORPOS

A noite está tonta e nua. Tonta e nua esta a noite. Vazios trincam meus sonhos. Já vazios tão trincados. Quelóides de ontens na alma. São corpos tortos na noite. A noite cai. Seus deltóides Tensionam escuridões.