Se você olhar na dobra dos olhos você verá. Aquela mínima de pele acima das pálpebras. Ali se esconde aquele pai irado e bêbado. Quem sabe, a mãe drogada fluorescente. Se você olhar verá o que é impossível esconder. Marcas de quem lhe pôs objetos de ponta. Os dedos do avô, noivo, tio, paizinho? Naqueles sinais do ventre e perto do púbis. Quase escondido um ponto de lágrima você verá. Só juntar dois olhos para ver lagos de horror. Só por ostentares moral casta, cravo-te Os dentes deste poema no teu nojo nonada.