Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de novembro 6, 2014

O CETICISMO DE LOUÇA

O ceticismo, patrocinadores danados e bons dão óbolo para a festa pública,  pagando as roupas e o varal, o cansaço, as louças para a pia da cozinha, meu verbo é vírgula, e o texto fica seco quando lembro de um golpe sujo contra um homem-barata, o juiz não fez a contagem e quase deu nocaute, onde uma brecha de desumanidade se mostra, quem cobra? quem cobra  onde há ser humano nesse mundo que dê uma alface  para um prato que grite ao rosto? estou só  porque o saco irremediavelmente está cheio sob o juízo do outro, o outro que se acha mouro, ninguém se multiplica como acha, dividimo-nos, de mãos curvando as folhas, ante o lucro das botinas do palácio

NO AQUERONTE

Em Gaza sinalizadores de morte. Crianças paradas no ar pela ilha de edição. Avós estranguladas pelos canos dos canhões. As estátuas feitas de balas com amor. As pupilas montam o cavalo chamado Indiferença. Um ministro mata crianças perfiladas como em boliche. E próximo um pelo voa de uma cadela manca. Todos passarão pelas raízes de óbolos.

VIZINHANÇA ENQUANTO A NOITE DESCE

O vizinho de trás ajeita o microfone e canta, sem ter nada disso, ajeitando-se no invisível. À frente, Guimarães Rosa, reencarnado numa roseira, ali descansa um gato. Acima, uma mulher enche bacias e as joga nas cabeças dos pardais. Na frente, roubam, roubam, e não devolvem. Inclusive o dono Do quiosque. A noite está descendo E esquecerei a todos, quando ela retornar Da cantina.