Um dia Fausto me chamou Para tomar um formicida. Era dos bons, ele falou, Daqueles que fazem da Vida Uma experiência singular. Eu fui com ele pela Alma, Na esperança de chegar A uma síntese completa, Uma verdade cavalar Que fosse do Amor a seta. Fomos andando meio tontos. Eu, Pensamento Objetivo, Com muitos erros, todos prontos, Surgidos no antro da Razão, Pretensa em Ciência e frios pontos. A dor surgiu, Fausto chamou-me Para tomar Morte com Vida. Bebida boa, de primeira, Que deixa a mente tão sentida, Que nem tomei a saideira. Eu fui com ele pela Alma, Esta eterna inconquistável. Que mesmo arcando nossos traumas, Nos torna a angústia mais amável E dá-nos consciente calma. Fazia o formicida efeito Contra verdades acabadas, Que nos destroem o frágil peito Com sua falta de risada, Dança e cantares bons de jeito. Chegados na encruzilhada Da parte d'Alma mais incerta, Vimos uma Casa Cinzenta Meio fechada, meio aberta, E à frente uma Fera Sedenta. Batemos palma com vontade Pois par...
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