Nunca disse que faria bom ou ruim. Só admiti que talvez na noite eu plante gatos em cada verso magro. A noite é boa para os absurdos. Para minha casa não voar amarro-a no pensamento de um pássaro. Quando sonho, vivo de verdade todos os anseios desmazelados. Tenho uma orquestra de mosquitos, pago-os com o sangue das dez horas. Com meu ronco, alimento a mudez do criado-mudo. Meus olhos são pequenos para as órbitas não fugirem. Meus sonhos existirão, a preceder essências? Daqui há pouco, durmo engatado no vazio.
BLOG PAIXÃO PASÁRGADA, ONDE UM DISCÍPULO DE HOMERO E TÉSPIS OFICIA