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Mostrando postagens de novembro 7, 2012

DESABO EM SUA CIDADE

Na cidade que é você Escalo prédios concretos Pontes construo de afetos Mas caio sem ter porquês Na cidade que é você Corroem mágoas molduras De espanto tecem figuras Oxidadas faturas De mistérios fazem torres Que de tão altas assustam Na cidade que é você Ruas alagam qual rios Sobem altos casarios Seus sorrisos são metais Estremecidos de frio Na cidade que é você Embalam tremores morros Demônios morrem de vez Amando os céus em socorro Da cidade que é você

SE OLHARMOS NO CERNE

Talvez se olharmos no cerne Do atabaque do Mestre do Tambor E assim penetrarmos os nexos Da Interior Selva Encontraremos em nós o que dorme E se seguirmos enfrentando as chamas Acatando instantes imberbes, Concordando em nossos troncos Com as formiguinhas nas dermes, Acenderemos com suas folhas O caminho por entre átomos Ao som do estalar palavras, O coração aos berros veremos.

O SONHO É GRAVE. GRAVE ISSO.

Espero pastéis chuvosos de lua. Blocos sextavados para o asfalto. A chuva ofusca em néon na noite. E espero tubaína para a engorda. Estou gordo e me pergunto: Se estou pesado, à alma é bom? Ser transformado em bolo-construção. Que a gente pega quando está sem mãos. Na casa o aluguel é caro. Sei que os rostos estão tristes E o sonho é grave. Espero....