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Mostrando postagens de junho 19, 2013

QUEM NOS DEFENDE POR AMOR

Vivemos num tempo em penumbra. Ainda temos fome e sede de afeto. Ainda precisamos vestir pra valer. Ainda precisamos gritar até o limite. Dão-nos a notícia de que não podemos fazer isso. Que os justos chupam chupetas, que não sabem bradar. Vivemos num tempo ainda penumbroso. Tudo se esconde melhor. Nossos amigos se vestem de inimigos. Nossos inimigos se vestem de amigos. Quem é nosso amigo? Quem nos ama enquanto almas? Quem nos ama só por virtudes do amor? Ainda insistem em tirar a legitimidade dos bons. Os maus se infiltram, ladeiam, cumprimentam, abraçam. E depois na hora que é da maldade, vomitam seus corpos. Vivemos num tempo ainda de morte e medo. Insistem em tirar a legitimidade dos bons. Dão-nos a notícia de que os maus incendiaram E é preciso ordem. Mas o que nos dizem sobre os bons? Pois foram bons também os que mataram. Tudo se esconde melhor. Nossos amigos tem a face clara do escuro. Os inimigos a face obscura do claro. Quem é nosso amigo? Quem nos

NÃO SOU TÃO MAU QUANTO ME PEDEM

Delírio sou, sem lírio, entende? Arrepio sou, sem ter o frio. Cheio de mim, porém ausente. Calor por ti, fora do estio. Sou pouco mais que pouco menos. Não sou tão bom quanto desejo. Nem sou tão mau, quanto me pedem. Sou sonho rente, porta e ramo, Tento alcançar-me, ponho gana Mas se me pego é por fiapos. O ser me foge, mal me ganha Com seu jeitinho de palhaço, Me embebedando em langues sons, Com sua verve de violões. ....Só o que sei: escalar os dias, Tropeçando embora em seus buracos. Não tenho mais lição a dar. Sou isso.