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Mostrando postagens de fevereiro 8, 2014

MAPA DE MARÉS

Ela tão túmida entrou em seu banheiro claro e amplo. Os lábios do seu anjo estavam sujos do selvagem de todas as viagens. Os lábios do anjo túmidos da salsugem das marés das horas findas. Dionísio fizera das suas e percorrera seus espaços com o melhor vinho e águas proibidas. Quem olhasse de perto entraria em êxtase absorvente por sua nuca de sol sob os cabelos. Quem olhasse de perto assistiria em suas pupilas o desfilar das dores ocultas em pequenos unicórnios. O corpo riscava no jorrar da água as retinas da realidade de ilhas de refazer corais. A geografia do corpo desfilava relevos em gestos e silêncio de chuveiro jorrando. Fumaça, "fog" londrino doméstico no box. A inabilidade do corpo feminino se reinventa no mapa de suas marés. Fecha o registro.