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Mostrando postagens de junho 4, 2014

PRETENSÃO POR FLORBELA ESPANCA

Meus olhos nadando ante as pétalas Florbelas-de-Eternos-Jardins. Vejo-a no início da semana antiga, alma viçosa, lutando, combatendo, num trabalho de 8 horas. Revejo-a no café, cabelos sujos do pó da cidade arcaica. Escreve num papel, na mesa, num pano, coisas de mágoa. Arrisca. Faz luas com asas de sol, início e fim. Tem os olhos tão vivos. Tão. A vida sempre é nova e velha quando aparece de rosto triste, no livro puído, em cismares . Foi punida com a dor incerta e eu com dez/crenças certas. Nos desencontramos. Eis que vaga um fado e ela me olha de longe, atravessando o tempo, chorando um desencontro irremediável.