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Mostrando postagens de julho 7, 2013

AMOR COM GLAUCOMA

Desculpem se não sei amar sem constranger. Se não sei ocultar o esquilo de dentro. Se todos sabem do meu amor com glaucoma. Se quero espalhar pra todos o som das horas azuis. Se meu amor é uma cadela que se solta. Se sou criança que pendura o ato de amar No rabo do gato. Se quem amo está no útero de uma gaiola. Vejo-a dançando com as árvores. A Lua no centro da andorinha anoitece meus olhos. Um pedaço de asteróide lança-me chamas em desafio. Incinerado sou então por ter música distraída. Vidrado sou no modo dela girar o pescoço. Bêbado de galáxias, tropeço em letras invisíveis. Doaria da minha cabeça liso espelho para cometas calvos. Agora, vejo-a dançando no pescoço do tempo Linda como a canção nos lábios do passarinho Cujos olhos morrem enquanto a alma ensolara. Desculpem se o salto que dou faz todos tremerem. Se não sou belo como o som da noite arrotando.