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Mostrando postagens de junho 18, 2013

COMO-SOU COMO-ME-ENXERGAM

Deixaram,  onde o mar envelheceu,  verdades-ser encantadas.  O cais sonha  botes de encanto,  sobre águas turvas que se riem  nos armazéns. Há um tubarão  beijando um peixe-pedra  perto do porto. Estou em delírio desde o começo do poema, versejando do COMO-SOU para o COMO-ME-ENXERGAM.

UM SER PRA AMAR

Um ser pra amar deve ser como o mar onde deitam sargaços com sol nas pontas. Um ser para amar deve ser como o som das ondas nas rochas com aurora dos lados. Um ser pra amar deve ser como as mãos que apanham raios debaixo do colchão. Um ser para amar deve ser como os pés de um deus que esqueceu uma das almas no colete. Só pode amar um ser aquele que se esquece quando se lembra de ver o que não é quando parece.

PASSO ADIANTE O TEMPO E O MEU VAZIO

Perto de mim o tempo já chorava a separação.  Como ajudá-lo? Perto de mim, o tempo cansou os olhos do afago. Naquele dia, o tempo sem olhar já sabia. O perfil do tempo e os nervos estalados. O tempo estava pleno de fatos potenciais. Ele abriu o espaço e procurou alguma coisa. Achou um trevo. Pegou um trevo com um verde em mentira de amor. O que é o Amor, eu lhes pergunto. (Sinto a tentação da rima, mas não cedo neste assunto.) Voltando: olhou no espelho os braços juntos e não entendeu. O que o tempo viu fora de esquadro? O que? Iria ficar velho, lhe disseram quando envaideceu. O tempo, só agora, entristeceu. Se apegou. O resto, bem...... Quando o ponteiro decidiu... No exato momento em que... Ele deixou que Ela se amasse. E Ela o esqueceu. Passo adiante o tempo e o meu vazio.