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Mostrando postagens de setembro 21, 2014

CARNE ALMA DO PINHO

A carne na alma repassada com beijos e cheganças na alma é carne retesada de violões A carne na alma principiada com uivos gritos de amor na alma é carne suspirada de violões São cordas na carne invocadas verdes nos dedos do pinho na alma a carne o vinho dos violões A vida por vezes é feita da carne da morte e do canto a vida inexiste quando a apartamos dos violões de dentro

UMA CANÇÃO Á MÃO

Uma mão  com o segredo do jogo de recriar o verso-istmo Uma junção com o mistério de aguar o desejo da virada do tempo Uma canção em terra com o dom a sina de encantar a morte de baixo pra cima Uma no ar com o infinito e eterno jeito de sorrir corais de vida

Ó. AQUI. NO AUSENTE CORAÇÃO.

A notícia está velha. Mas o coração ainda diz que Velhos, jovens, mulheres, crianças, Tornaram-se borboletas. Não, na verdade, ressequidas num último grito. Nos últimos meses, a contar para trás do Pós - Guerra, Alguém enriqueceu. Alguém perdeu. Alguém foi enterrado sob os olhares da Lei. E as crianças morreram, embora a Lei Sagrada Cuspa em Caronte Ressuscitado a cada tiro. Nós até choramos. Limpávamos os nossos narizes. Hoje, as crianças doem. Desde ontem. Aqui. Ó.

VERDUGO

O verdugo está em cada um de nós. Vive a degolar nossas verdes camadas. Sempre alimenta nosso aquário de morais. Esfarela nossos ingênuos desejos e perguntas. Nas manchetes de dentro, queima nossos espelhos. Como dói o verdugo dentro de tudo!

PEQUENINA E GRANDE

Pequenina  é a morte na espera de sorte que revivo para as escalas de Odisseu urbano para que infinitas vezes repita em ti meu itinerário de auroras e crepúsculos Grande é a morte quando fecho os olhos às sereias antigas e deixo escapar sem música auroras que deslizam em teus braços ansiados   Pequenina é a vida para o que tenho de viver-te Grande é a vida insuficiente para amar-te em toda dimensão eterna de árvore a suar pelas raízes