O rosto áspero, ao raspar na véspera, rasgando os fatos às palavras dando conchas, suor em pérolas, porosos versos do dia-a-dia, o ser repaginando. Ser atingido por mil paradoxos, ser oceano de papel pensante. Chegar ao êxtase hierofante chegando a traços de infante. Sentir o odor verbal da intensa vida: criando semas neste altar risível. Mas se tanto metro hoje é guia e molde, terá lugar o poema irreprimível? Se bem não siga eu completamente, cuspa de lado e escreva em dilúvio. Ser poeta é ser oásis num deserto, e ser deserto num oásis, mesmo em gelo e peste.
BLOG PAIXÃO PASÁRGADA, ONDE UM DISCÍPULO DE HOMERO E TÉSPIS OFICIA