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Mostrando postagens de junho 16, 2013

QUADRADO COMO REDONDO

Suo quadrado bebo redondo suo redondo como ao quadrado constante como inconstante um dia sou centro e sou lado Sou da vírgula meu ponto não sou final do meu conto estou sempre continuando comecei mas não tou pronto Gorjeio uma andorinha, em cujo vôo me assanho, com alma perto da minha Ela não sabe o que ganho, Nem sei medir toda a linha Deste gorjeio tamanho

OLHANDO O PLANETA LÍNGUA

Olhando minha língua ao espelho, um planeta novíssimo, onde palavras consomem tempo. Olhando, a saliva formando mares e dentro deles, boiando, ou singrando, inúmeras febres reinando em volta das ilhas das idéias pretensiosas. O planeta Língua, dizem nos jornais do eu, é o único habitável.

OLHOS INSANOS

Vês olhos insanos coalhando teu leite? Eles te seguem desde o nascer da tua pele. Estás com ódio, não estás? Não foi fácil. Eles te viram quando choraste primeira vez. Só te resta esperar. Eles te viram quando beijaste a lona. Não fizeram nada. Pega este alfinete. Eles se aproximam.

ANA BEATRIZ JÓIA E FLOR

Ana Beatriz, jóia pequenina, que Deus põe nos dedos da lua na esquina. Se o sol se mostra, isso é aviso de que Ana acorda e o mundo é sorrisos. Se os olhos abre, Ana Beatriz dá mais cor ao solo, faz o céu feliz. Rosa, estrela, luz, vida, praia, campo, cada olho seu é um pirilampo. Se aninha dorme, gigantes protegem, e asas enormes dos anjos lhe regem. Se Ana sonha o mar, cavalos-marinhos chegam pra beijar seus meigos pezinhos. Ariel, sereia, inveja os cabelos pretos de Aninha, e vira novelo. As ondas do mar brilham pra Aninha vivas águas-vivas com guarda-chuvinhas. Brinca em pique-esconde atrás dos corais, peixinhos-palhaço vão andando atrás. Percebo no ar a cem cotovias do sonho de Aninha em acrobacias. Ana Beatriz, inocência e cores pro lar de vovó suportar mil dores.