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Mostrando postagens de novembro 30, 2014

CHORÃO DE RESSACA

Eis que vomito no rio do seu pescoço com anseios verdes depois de você me deixar falando com as moscas que aliás são muitas na sua casa porca agora quando tenho ódio ao vento pleno de polens a direcionar a alma dos galhos e vou matá-la amanhã com o amor de ontem hoje fico intacto

DUAS EM UMA COMO SE FUNDIDAS

Procurei por todo lugar, embaixo da cama, nos escaninhos do computador, nas gavetas, às quais tive de consertar, com um preguinho nos cantos, procurei no corredor, debaixo da pia, onde encontrei uma gota gelada, solitária, e, em ato de misericórdia, a matei com um paninho, procurei na televisão, no sofá, detrás das duas máscaras venezianas, que trazem cada uma um espírito, e não encontrei, até que indaguei da esposa, que jogava cartas virtuais, sobre a minha alma, e ela me respondeu que estava junto da dela desde que nos casamos naquela longínqua noite e de tão agarradinhas é como se minha alma não existisse, fora da dela a foder a minha com gozo de deuses com satiríase