Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de outubro 21, 2017

DERMENETRAMO-NOS

Quando os primeiros balbucios  marcavam o prefácio do livro no início do opúsculo,  envenenados por editais infames. Quando gozos sem medida fugiram dias, anoitecendo-nos, nós ficamos, adaptamo-nos, e lançamos mão de nossa aliança, com todo poder concedido por nossas mães selvagens, amaciando as asperezas do abismo, equilibrando, num caminho de estar juntos, um pouco depois do calor das  pel/avras pelando elos, quando,  amada,  poemenetramo-nos, eternos.

APRENDIZ DO CAOS

Leva o poema para o templo de lama depois da chuva. É preciso sujar a insone limpa quina do verbo. Desliga-te dos afluentes limpos de rios de fluxos clássicos. Entrega-te aos versos caminhantes que dormem sob poluída foz. Peixes limpos perseguem a noite e a perdem, mas tu podes coral. E intranquilo e inquieto moldarás vômitos no caos.

POR NÃO TER VOZ

Depois dos mile-aplausos, dos puxas te levantarem acima dos calcanhares nos pátios das ladroagens, e os reinos te oferecerem cadeira com os Valentes, manda todos se.... E àqueles cooptados assinalados de cifras, se achando inteiradas  faces/claves retratadas em mesinhas de comando, falsas no tampo escarradas, manda que eles pro..... Poderás objetar por não ter voz ...vá se ou si.

APELO E DELEITE

Gemer inteiro, e tecer o crime de afagar-te os seios dois cisnes de sins. Enquanto ao não se entreabre o sim, amplo, e de graça, entro-te enfim. Bem sorri o tempo em carnal apelo. Nós raiz rizoma, pele e um só cheiro. Esperar que o tempo enriqueça o jeito. E que nos desenhe sem anexos.

O TALHE

Gosto assim, pois te ouço mais os navios e o cais, o talhe, onde as ondas batem corais na tela do PC. Assim, no disposto mar, me lembras na imagem a umidade de algas sexuais, a acalentar desejos-cascos. Teu sorriso marca como o azul aberto. Assim, fenda de tempestade, teu perfil cutuca icebergs, a Lua a se molhar na espuma.

SORRIEM OS MORTOS

Os mortos sorriem pela milésima vez nos longos casarões, perfilados no pensar nas missas e bentinhos, e seus dentes são brancos (não são podres) e cheiram a amarelo, não a flores roxas, porque foi com velas que mãe pensou e a luz se fez nas coxas  da vida antes dos mortos sorrirem.