Feri demais a alma em verso sôfrego, E fui sangrando mais, poetizando. Feri-a não, firo-a e sem fôlego É esse tom di(verso) me calando. Amo-a, alma de diversa idade, E enfio-lhe os dentes, furo veias, Mordo-lhe a complexidade, E entorto a luz que ateia. Vivo a ferir de escuros a poética, Hibernado em caverna impura, Onde Platão medrou nas mentes céticas. Adenso o ser pondo figuras De dentadas, frases fétidas, Na garganta que o poema acura.
BLOG PAIXÃO PASÁRGADA, ONDE UM DISCÍPULO DE HOMERO E TÉSPIS OFICIA