Em derredor o tempo com sua proa e popa, a praia mesmo longe me toma os ouvidos de dentro com suas gaivotas e conchas inermes, e há redes que só pescam o ser profundo. Entre gaivotas e conchas, o mito da praia chora seu sal incessante sobre os ombros das rochas. Vejo poemas pulando sobre o mar, corpos vivos de ilusão, trançando águas-vivas, causando doce júbilo nas algas, e velhos marinheiros palitando com tridentes. Percebo-os de sonhos flutuantes, entre presentes espumas de desejo, paisagem de pintura a óleo, o passado lhes enternecendo.
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