Tento escutar o que dizes de mim e dos que amo, para assim poder avaliar o meu egoísmo atroz de considerá-los mais que aos outros e poder te agradecer e dizer que puxaram a mim. Ou escutar o que talvez tu nunca venhas a dizer, para assim passar desdém no chão, para assim poder lavar a ira secular, para assim esfregar os cantos ansiosos, para assim fazer o café com duas broncas mascavas, para assim poder mudar o guarda-roupa de lugar, o sofá do teto para o subterrâneo, o criado-mudo na parede sul, a montanha defronte do sonho esquecido em meu sacrifício para o sol por trás da biblioteca que um dia terei, para assim poder escrever o roteiro adaptando o berço, para assim poder representar a vida do rinoceronte, para poder ir ao vaso por um seio da loura do banheiro, contratada para contra-regra do fantasma da ópera que é a vida daquele vulto que se veste de mim e tenta gritar a cada acordar pra ti. Tento escutar o que talvez já tenhas dito de mim e dos que amo e...
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