Lembro-me dos primeiros dias da (a)mor/dida Tu vinhas com raio de boca nas mãos Teus dentes eram onde eu me deitava lendo-te Vez em quando líamos barcos com árvores Tuas gengivas ofuscavam-me sem vínculo Apenas eu acorrentado aos incisivos da culpa Acho difícil andar com o amor dependurado no morder-do-tempo-invento-vômito-nada Só pelo falar me dou conta de ti Não existes se fecho o cérebro da língua