Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de julho 1, 2016

DESVIANTE

Se sei o que o poema é, da vida real sei nunca, não sei da poesia os pés, sou hábil em gavetas Se beijo o que o poema fala, pretensão de sapo em fábula, se digo que isto é isto, isto é cisto quisto isto Se quero definir totalitário, meu total caos se organiza, se quero ordem, viro vário, ovário, mioma, corda E com desatenta rima sambo onde não quero, sei juntar vigílias dormentes com orações ardentes

ATRAVESSADOS

A vara sobre a montanha, na alma empedra a peçonha, a montanha estremecendo, o ter saco intumescendo o que se quer que se ponha entre os dedos do vento A cara sobe a vergonha, no corpo há liquidez para a oferta na cachoeira da carne que se desfez no desejo dos dolosos deuses atravessados por dentro