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Mostrando postagens de julho 2, 2013

VENTILADOWN

Ventilador. O som. Atenção. O dia aquieta aos poucos pés e mãos. Há profundidades que só descobrirei ao final da noite. Espero antes ver o luar.  Espero apreender mais uma vez o luar. Uma máquina fotográfica.  Um carregador. O ventila- dor. Espero ver o luar. E aprendê-lo. E apreendê-lo. Prendê-lo à fala. Carnavalizá-lo. Comer o luar. Como BIS. Nas pedras pintá-lo. Ninguém pinta como eu Pinto. Mas por ora O som do vento. Digo: Atenção! O tempo! O dia se vai e a noite vem. Há profundidades que só as rugas têm. Aos olhos: uma máquina fotográfica, um carregador, Um cigarro. Um retrato. Varre-me O ventila- DOWN.

ENCERRADO

Encerrado: em seu dedo médio,  o sangue, em bis, em pus os pés. Encerrado: em seu dado mádido a folha, o orvalho, o tronco, a fé. Encerrado: em seu pátio o peito em bolhas, talho a telha em dez.

NÃO SEI DAS MUITAS FALAS

Não sei das muitas falas, sei dos muitos silêncios ante metas altas e caminhos densos. O silêncio ante as ruínas da voz que existiu, mesmo em seu canto no sonho que seguiu. Não sei das muitas balas no ombro, peito e ventre. Sei do revólver alçado no gesto fóbico.