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Mostrando postagens de julho 13, 2013

METAMORFOSE

Pedras amontoadas. Há medo na calçada. Cães, ratos e pombas. Um papel resta amassado. Minhas patas grudam. Um verso morto no focinho. A lua arde como o sol. Meus pelos anoitecem Para sua nudez.

FLUÊNCIA QUE EMUDECE

Israel olhou uma mulher. Ambrosina olhou um homem. Aí então começou uma história. Um olhar assim rende livros. E lota estrelas. Pouco se fala sobre esse olhar. Meu mundo girou por causa dele. Por isso, a explosão nas retinas E o calor que trago do útero dela. Duas almas em mitologia Sempre explodem razões Para a fluência dos corpos Emudecendo até a escuridão.

A MORTE SE CANSA E DANÇA

A casa está quieta. Embora o claro mito. Há uma sonolência. Há um tom em raro teto. A morte com asas de maia. Meu pai só queria oito. Me dizia enquanto em choque: Só oito anos, fuck you. Meu olhar rompe a escuridão. Desenrola a pele das paredes. Poemas xingam com feridas. A morte dança sobre o fêmur.