Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de abril 8, 2013

FALANDO DE FUKUHARA

Fukuhara fora  um bom policial. Enquanto tu  te preparavas para o sono, ele ia a lugares  sombrios  defender a liberdade da qual querias  fazer bom uso. Mas há quem não goste de quem defenda a liberdade para a segurança de ir e vir... Fukuhara fora  um bom policial, porém tinha  medo  como qualquer um de não voltar  a cada dia que saía. Como qualquer um, queria voltar pro seu amor, para uma  mesa tranquila, para um sofá macio  como nuvem. Como há quem inveje aquele que exerce seu dever para o direito alheio de  feliz andança... Fukuhara fora um bom policial. Ele não tinha uma capa  de homem-morcego, mas vestia um destemor infinito para limpar a sujeira  em tua intranquilidade. Ele não tinha a armadura do Homem-de-Ferro, mas, por ti, recebia no peito todo o tipo de intempéries que te ameaçavam. Como tantos outros  neste momento, Fukuhara teve seus dias e os povoou  de exemplar dignidade.

PALAVRAS DENTRO

Meu tudo é rever-me Sem que nada importe. Meus poemas-portas: Tábuas para o corte. Só o som é a chave. Vês nas mãos De vidro Lâminas bem tortas? São frágeis aportes De irreal atrito. Sabe, tenho às costas Asas em palitos, Penas quebradiças Da minha Desdita de escrever comigo Numa cela interna, Sem que os céus se importem E fogos me esquentem, Fujo enquanto posso Com palavras dentro, Por fora, me esfrio Na cela, sedento De léxico.

POR TANTOS PORQUÊS DEIXADOS NELA

Porque ele chora, está sorrindo, porque ele come, inveja um rei, porque ele dorme, atrasa um papa, porque ele veste, enfrenta um conde, porque ele adentra é movimento, mas fora dele está parado, porque ele adentra é movimento, mas fora dele está parado, assim que escreve é ouroboros, porque ele escreve na costela uma esfera sem por ponto, e então sua alma foge à tela, vazio o cheio se revela por ter consigo falho encontro