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Mostrando postagens de junho 20, 2013

TUDO ENCANTA

Tudo encanta se vem do Nunca e leva a mundos sob corais e faz andar sobre as águas do sonho e brilhar a pele num delírio horizontal Tudo vem do Sempre e eu não posso dizer o mínimo pois fala a crendice que um amor tem alma enquanto o corpo bradar

TRANSFORMAÇÃO

Ontem, ele. Punha migalhas nos ombros. Punha migalha nos joelhos. Punha migalha no cotovelo direito. Sempre o direito. Até nos sovacos de Caronte punha migalhas. E os pombos pousavam e bicavam. Como pousavam nos sovacos de Ulisses aquelas coisas? Até ficou quase sem braço. Sem braço direito. Punha migalha nas costas de Prometeu. E os pombos iam bicando. Até nos lugares dissimulados. De tanto bicarem-no, Ele foi tomando a forma de uma pomba. E voou. Isso foi hoje. Quase agora. Neste segundo tocando. Um pouco antes de....Tou?

VEJO SE HÁ OU NÃO

Vejo se há balas no refrão, Se o gatilho foi na exatidão, Se o verbo está de prontidão, Se na estrofe tem pouco tesão, Se a amizade vale a ação. Sempre a alma miro e tombo o corpo, Que em ricochete finge o sono, De novo, de novo e mais de novo. Sempre fui ruim de tiro e torto O tesão do verso bole o morto. Agora, tento ter classe no jogo? Mas sempre andei como albatroz no fogo. Sou pouco obediente à marcação. À morte sempre dei meu verso gordo. Embora gemedor por condição. Um dia atirei um eu te gozo pra sempre Nos olhos de fêmea-paisagem. A carne estava verde ao luar. Bom para o tempero de deitar.