Te diriges para mim. Sei que passarás ao largo. Não me conheces. Me odeias até sem me conhecer. Talvez devido àquele torneio Na Idade Média que ganhei Para a concubina do rei. Imagino que nunca participei desse torneio. Que nunca conheci a concubina boa e bela do rei. E que vens e não passarás ao largo. Não me conheces porém. Me odeias até sem me conhecer. Culpa de outra vida. Como iria saber? Imagino que me abraçarás e serás presa do amor eterno desses amores eternos dos cadernos adolescentes de minha bisavó, infinito sentido de meu bisavô. Te diriges pra cá. E imagino que me beijarás e morderás o meu pescoço e sugarás meu sangue com ternura e me farás escravo do teu castelo que imagino ao norte da Europa. E toda noite me possuirás com teu mons púbis de Vênus e coxas macias e cheirosas. E toda tarde passearemos no jardim de ouro. E toda manhã banharei teu colo com água de eros. Mas sei que passarás ao largo. Pois me odeias por dentro do passado,
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