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Mostrando postagens de maio 29, 2013

ESPERA PARA APÓS

Espero para após As mádidas delícias. Embora agora os pássaros Do espaço gargalhem, Seus cantos proféticos Ajudam na espera. Minha espera não esgarça, É aço e o tempo a tempera Em sua alça.

COMIDA NÃO É SÓ

Se eu te prometer Muito mais depois Cumprir e amar-te com arroz e eter? Se eu me dominar Quem já me sou? Amores me farás No corredor? Se me vem a sorte E eu puder estar Acima da morte, Podes lalentar? Se tentar mudar ou Se viver de boa, Me enluarás Em tuas broas?

FOME DO TEMPO

Se tudo fica muito escuro e não dá pra pegar a xícara e não dá pra achar a escada nem pra achar o chuveiro e nem pra dar comida ao cão é que o tempo parou de dançar por solidão e fome mas se você lhe der pedaços de alma o tempo dança em recomeço e há razão de crença no espaço da tempestade em você que tateia o inquieto mar e tudo pode voltar a funcionar na casa de dentro do poema sem outra chave que não esta