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Mostrando postagens de outubro 30, 2013

ESTAVA TRANCADO

Estava o poeta trancado como um barco no azul do quarto,  pois levaram a chave. Quando arrombaram a porta, ele era defunto de ar na praia da cama e ninguém o viu flutuar, em movimento,  no vento, e rodear a lâmpada, abriram a porta de algas e ele fugiu, quando leu a maçã de palavras

DONA POLUTA

Lá e-vem  Dona Poluta, Na esquina, a filha da Cicuta de estireno Oferecendo-se, Beijinhos de tolueno E butanol, Cloro isocianúrico, Acrilato de butila, Im(propileno), Por um pouquinho de Dindin pra cuia Dos leões do lucro Em fumaça : crise Infame na bulímica Dona

KAFKAMORFOSE

Roendo o farelo Em feroz usança: O barato ofício De Gregor Samsa Amava a parede Agora e comia Os restos caídos Das antigas mãos Todos rejeitavam Sua carapaça, Tal era o entojo De suas falácias