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Mostrando postagens de maio 11, 2014

CARTA ATROPELADA

A carta de amor atropelada perto de uma mão rígida e de um corvo no trânsito onde erigiram uma praça na qual dormem assassinados escuros é um sinal de que nem tudo termina como se prevê em nossa floresta.

O VERSO VEM LUNAR

Uivaria para a lua  e assim honraria a família de lobos com crateras no focinho. E não haveria sabor  e eu ficaria mais licantrópico vermelho  embora a aurora me roubasse o rubor. A parentela está estendida e se irrita pois nego a febre que insiste em escrever-se. Tenho de ser mais hífen menos circunflexo em meus uivos, digo-me, pra honrar aquele bisavô que me disseram misto de lobo e safado. Penso de novo nos pelos do retrato. O verso vem lunar,  uma mulher independente e doce.