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Mostrando postagens de dezembro 7, 2013

A CURVATURA DO TEMPO FUTURO

Deixarei para o trigésimo segundo  do mês o escrever tudo. Deixarei para depois a mudança. Na terça, me reservarei o direito de pular. E ir para a quarta direto  abrindo bem veias impossíveis. Hoje, é qualquer dia pé de cotia. E por ora fazer cem flexões  nas frases pra viagem de ninguém. Meu nome nesta hora: NINGUÉM. Aqui posso suar e feder  perto do banho e da toalha. Aqui posso pensar no poder  que o poder poderia. Posso pensar em marte. Nos vislumbres de encarnações inseguras. Na Grécia, Roma, Babilônia,  Samaria, Judéia, costa de etc. Fingidas encarnações  onde vi mortes por decapitação. Tudo isso me faz bizarro, por não ter ânimo nem para o escarro. Onde bebo mares de amor e ódio? Hoje, estou aqui, fixo, reto, Com remorsos pelo incerto. E não posso sair sem magoar. Se ando, magôo. Se paro, magôo. Se falo, magôo. Magôo, se não falo. Se olho triste dizem que é raiva. Se fecho a concha, dizem que repilo. Não magôo quem admiro, senão com os olhos. O

APETITE DE TEMPO

Muitas coisas só dependem de esquecê-las a tempo, do tempo de um mosquito ou do de uma mosca ou da decisão de tempo de uma formiga temporã ou simplesmente de se ir a um casamento frugal por interesse no tempo de alguém muito querido que acostumou-se ao chicote de um amor bandido, ou comparecer a um velório onde chegam parentes de todos os estados e tempos, sorrindo com abraços apertados, enquanto o falecido desolha impassível, talvez um pouco inchado e mal vestido com um caroço de nascença acima do nariz pequeno e nas mãos nuas ainda se divisa uma pálida tonalidade de tempo findo. Muitas coisas só dependem da variação da temperatura das previsões meteorológicas da quantidade de obstáculos ou carga pluviométrica das calçadas com buracos no tempo sem cuidados da existência de placas de trânsito de pessoas dispostas a ajudar com informações corretas e disposição para ceder um pouquinho de seu tempo e olhar em seus olhos súplices parecidos com os de seu

BRAZILUNDA

Nas nossas margens plácidas Brazilunda rende Pobreza exposta Nas passarelas pungentes Em ossos de estatísticas, Modelos cavas curvas Geram falsas magrezas, Com lucro e presas, Diluem-se nas pistas, Ninguém liga à porta Onde arranham cães Com mordidas bélicas Em hambúrgueres, Servindo há tempos Ao som famélico Dos Mac-Tiros Do Deus-Mercado Nos estômagos flácidos

ABISMO DOS SEIOS

Os seios gelados das ondas nas bocas de barcos à deriva apenas antecipam o orgásmico abismo.